E as visitas ao bebê, como lidar?
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Foto: Viviane Lacerda |
Com a chegada do bebê, você vive um momento da mais pura felicidade e quer compartilhá-lo com os amigos queridos e familiares. Ao mesmo tempo, passa por um período de cansaço físico, mental e emocional, por conta do pós parto, puerpério e privação de sono. Então, a melhor época para acontecer as visitas ao bebê torna-se uma incógnita: seria na maternidade? Aguardo um mês? Recebo desde a primeira semana em casa? Organizo um chá de apresentação?
Independentemente se é o primeiro, segundo, terceiro filho, é preciso um tempo para a readaptação e reorganização da rotina familiar com o nascimento da criança. A chegada de um bebê muda a dinâmica familiar e o primeiro mês pode ser cansativo, por isto, é importante que todos respeitem as decisões dos pais quanto às visitas. Aqui em casa, conversamos com os amigos e familiares para que as mesmas acontecessem após Olívia completar um mês, principalmente, por conta de Cecília para que ela se ambientasse e o ciúme diminuisse. E todos respeitaram.
Muitas famílias optam por aguardar um período de adaptação antes de receber os amigos e familiares. Já outras, gostam de receber desde a maternidade. O importante é que você esteja bem para receber bem. A visita na maternidade geralmente é breve, porém, a maioria das instituições tem um horário flexível de visitas e não avisam sobre as chegadas, ou seja, você não se programa. Já em casa, você pode planejar a visita e caso necessário, adiá-la ou cancelá-la.
• No hospital, a visita deve sentar-se no sofá, os médicos não recomendam que se sente na cama do paciente
• Deve-se evitar beijar o bebê, afinal, ele ainda não está imune às viroses que circularam por aí
• Ao pegar o bebê no colo, proteja o contato entre o corpo e a camiseta com uma fralda
• Evite falar alto, fazer bagunça (tanto no hospital quanto em casa) – o bebê está se acostumando com o mundo aqui fora
• Fotografar a criança e mandar para os amigos em redes sociais só com a autorização dos pais
• Se fumou, acabou de fazer atividade física, ou de vir de uma visita a um hospital – é melhor adiar a visita (acredite: eu já presenciei todos esses casos)
• A noite é o momento de descanso para os pais e para os bebês, afinal, a madrugada é longa, então, sendo possível, procure evitar este horário.
• Se houver outra criança na casa, não se esqueça dela! Converse, brinque, elogie e, se possível, leve uma lembrancinha para ela também, para que não se sinta excluída.
É fato, o ideal é que a visita ao recém nascido seja rápida e tranquila para o bebê. Evitar acordá-lo, mudar sua rotina e sempre seguir as regrinhas básicas de higiene (lavar as mãos e usar álcool em gel sempre que possível) é essencial. Também não há nada de errado em pedir para a visita adiar o encontro se estiver se recuperando de um resfriado, gripe ou qualquer outra doença (vamos combinar que esse bom senso deveria partir da pessoa). E menos ainda que você sinalize que prefere receber a visita um pouco mais adiante, pois todos de sua casa estão se adaptando. Sobre o que oferecer, pense sempre em algo mais simples (afinal, o bebê já demandará muita atenção), como biscoitos e sucos. Sobre a lembrancinha, ofereça algo condizente com a sua realidade, é apenas para ser gentil e retribuir o presente que o convidado levou.
E como tem sido aqui em casa?
Para que Ciça não se sinta excluída, é ela quem abre a porta e é a primeira a dizer Oi! Ela apresenta a Olívia e conversa com todo mundo. Como está passando por esse momento de mudança (com altos e baixos na ciumeira), ela quer chamar a atenção, por isso, sempre pega a sua caixa de fantasias, faz um show para os amigos (como na foto) e assim o tempo passa mais tranquilo…
Comprei algumas lembrancinhas simples para entregar a ela no caso de se sentir excluída quando Olívia é presenteada e isto tem feito sua alegria 😉
E vocês, como lidaram? Como estão pensando em fazer?
#repost atualizado
Primeira publicação Junho/12
12 comentários
Anônimo disse…
Flávia,
Eu já tive uma experiência diferente. amamentava em meio aos convidados sem constrangimento e sempre no final da tarde a minha ajudante já deixava uma mesa estrategicamente pronta para as possíveis visitas, e na geladeira algum esquema como azeitona ou queijinhos picados. E na verdade curtia à bessa as visitas em minha casa mesmo com o nenê bem pequeno. Meu médico, Dr. Marcelo Mascarenhas, nos 4 filhos que tive, receitou-me uns remédios homeopáticos que acho que me ajudaram bastante. E o fato dos partos não terem sido cesáreas (aliás, foram de cócoras), também contribuiu para um pós parto legal.
E as visitas eram realmente bem vindas!
Mônica Barreto
12 de julho de 2012 00:48
Olá Mônica,
muito legal você compartilhar sua experiência!É sempre bom termos várias opiniões e ajudar as mamães…
ah, e todo mundo sempre pegou minha filha no colo desde o primeiro dia, inclusive minha cunhada, madrinha dela, que veio de ônibus pra maternidade. e ela nunca teve nenhuma doença, nem resfriado…
Elisa, realmente cada família lida com esse momento de uma maneira. Lembro-me de um curso de gestante que fiz, no qual uma palestrante dizia que o primeiro mês após o nascimento deveria ser uma "lua de mel a três". Era o momento propício para os pais conhecerem seu filhinho e o bebê conhecê-los, além de começar a entender esse mundo, tão diferente do quentinho na barriga da mãe. Só que a realidade de cada família é uma, veja o comentário da Mônica Barreto, ela também pensa como você. Quando minha filha nasceu, eu já fui mais cautelosa, querendo ficar mais na minha para entender essa nova realidade com o bebê. Mas isso não é uma regra! O importante é que a família se sinta feliz com o filhote 🙂
Flávia e Miriam,
Penso que as visitas são inevitáveis, pois todos querem demonstrar carinho com os pais e dar as boas vindas ao pequeno que acaba de chegar; e acho que deve ser muito bom receber esse carinho. Ainda não passei pela experiência, mas penso também que tudo tem limites. Concordo que muitas pessoas não tem a exata noção de que certos cuidados são básicos, essenciais, como lavar as mãos ao chegar ao hospital para visitar e percebo isso principalmente com relação aos homens. Fico imaginando se não seria bom que os hospitais dessem essas dicas básicas através de quadros informativos nas paredes, folders ou algo do tipo. Pelo menos para que os cuidados básicos fossem tomados(eu não me lembro de ter visto em nenhum que já fui). E eu ficaria constrangida de ter que ficar falando sobre isso para as visitas; aliás, acho que não vou falar….não consigo….rrrss…..Parabéns pelo site. Adoro! Mônica Alessandra.
Olá Mônica,
as visitas são uma celebração do nascimento, né? Mas cada família trata a situação de uma forma. Concordo com você quando diz que as maternidades poderiam ter mais informativos a respeito, algumas até tem, mas também parte do convidado o bom senso, né?
Obrigada pelo passeio Na pracinha!
Eu acho complicado a questão do ônibus, inclusive até preconceituosa, né? Eu pelo menos não tenho csrro, então, não posso nunca visitar um bebê? A maioria das pessoas que conheço não tem. Eles nunca poderão ver um bebê?
Eu passei a gravidez inteira sem pegar um bebê sequer, de tanta regra que eu tinha que cumprir. Grandes amigas tiveram seus filhos, mas eu teria que ter outra vida pra poder vê-los. Ser outra pessoa, sem ônibus, sem anel, sem blusa, sem celular, sem nada. Foi melhor será? Impedir que importantes pessoas fizessem parte de um momento importante pq elas não podiam pegar táxi?
Olá Rols,
Nos expressamos mal e já corrigimos, o problema não é o transporte público mas não ter higiene após seu uso. Grande parte da minha família visitou a Ciça vindo de ônibus, mas se preocuparam com os cuidados básicos.
Obrigada pelo comentário
Vivi isso a pouquíssimo tempo (minha filha tem só 2 meses) e na verdade ainda tem muita gente que ainda tem vindo me visitar pra ver a neném. Confesso que na maternidade só queria sossego, era difícil estando toda dolorida do parto, descabelada e sonolenta, receber visitas, ainda mais que quase sempre elas me surpreendiam com os peitos pra fora! rs Depois que vim pra casa ficou um pouco mais tranquilo, e apesar de estar louca pra mostrar minha filhinha querida pra todo mundo, acho que não é de bom tom visitar quem acabou de ter um bebê, acho que convém esperar pelos menos uns 15 dias, deixar a família se adaptar um pouco. E SEMPRE avisar antes de ir!
A propósito, tenho um blog que falo, entre outros assuntos, sobre minhas descobertas e experiências como mãe de primeira viagem. Se puder passar lá pra conhecer, fica o convite. Vamos trocar figurinhas! 🙂
Beijos.
http://www.baudabijou.com.br
Olá!
Eu confesso que sou quase germófoba então fico paranóica com as visitas ao mesmo tempo que morro de vergonha de pedir que lavem as mãos (quando não lavam por conta própria). Eu não tenho urgência em receber visitas, agora nossa segundinha está com 11 dias e meu marido pede para as visitas esperarem mais algumas semanas. Eu até preferia receber visitas na maternidade, mas passei só um dia lá. Só amigos muito próximos e parentes podem vir. A mais velha (com 3 anos) está "tranquila" em relação à irmãzinha. Quando chegamos da maternidade demos uma boneca com fralda, mamadeira e etc para ser a bebezinha dela. Deixamos que ela abra os presentes que a segundinha ganha, e ao longo dos dias temos tentado dar atenção à mais velha e incluí-la na rotina da menor.
No Vila da Serra, na porta de cada apartamento tem um pequeno adesivo lembrando todos, não só as visitas, sobre a necessidade de lavar sempre as mãos. Só não sei se todos leem…
Voltando a um post anterior, queria saber como funcionou colocar as suas duas mocinhas no mesmo quarto.
Beijos
Lirian, temos um pensamento muito similar em relação as visitas.
Sobre o quarto, Olívia dorme durante o dia no berço e a noite em meu quarto, pois desde a gravidez, Cecília voltou a acordar a noite, então, preferi evitar duas crianças acordadas ao mesmo tempo 😉
Abraços!
Sempre que alguém que eu conheço ganha nenem, eu NUNCA vou visitar a pessoa ho hospital e nem na casa da pessoa logo que o nenem nasceu, por mais próxima que a pessoa seja.
Quando sei do nascimento mando uma mensagem de carinho, mostrando minha felicidade por esse momento e dando os parabéns. Digo que vou esperar para conhecer o bebe, nao pq nao quero ve-lo ou por estar fazendo pouco caso, mas sim pq essa eh uma politica minha, pois acho que esse primeiro momento é exclusivamente da mae, do pai e do bebe. Um momento intimo e lindo, que deve ser respeitado.
Espero os novos papais “comecarem a sair da toca” (lá pelo segundo ou terceiro mês do bebê) e se um dia desses me convidarem a ir a casa deles para conhecer o bebê eu vou ou então deixo o encontro acontecer naturalmente em algum lugar em comum meu e dos novos pais.
Conheço o nenem, sempre compro alguma lembrancinha e entrego nesse momento, elogio e não peço de maneira alguma para pegar, a nao ser que a mãe do bebê ofereça.
Nao tenho filhos, mas adoto essa postura por bom senso tentando sempre me colocar no lugar das pessoas. E espero que quando eu tenha os meus, as pessoas ajam exatamente do mes jeito como me comporto.
Eu vejo algumas pessoas que tem a “sindrome de urubu de recem nascido”, essas pessoas tem a necessidade desesperada, apressada, desenfreada e enlouquecida de TER que desesperadamente ver o bebe de preferecia no primeiro minuto de vida, TER desesperadsmente de pegar ele no colo, ficar julgando se a mae pede para ter o minimo de higiene e bom senso, se sente chateado, diz que é tudo frescura, é sem nocao, aparecer sem ligar e combinar e tem todos os comportamentos contrarios as regras básicas de bom senso ao conhecer um recem nascido. Diz que se for pra esperar 15 dias (que eu ainda acho pouco) ou não poder pegar o bebê nem vai.
Tratamento para os portadores dessa severa sindrome: desenvolva a paciencia, vc vai ter a vida inteira para conhecer o bebe, nao precisa ser durante a fase de adaptacao da familia. Se vc quer achar ruim, paciência, não vá, vc provavelmente não faz falta se não consegue compreender isso. Tome simancol e nao seja inconveniente.