Brechós infantis: as vantagens na compra e venda de usados para as crianças

Desde a gravidez de minha primeira filha recebo com carinho peças usadas. Meus dois filhos herdaram roupas e acessórios que pertenceram a filhos de amigos e parentes próximos. Nunca me importei em usar peças de segunda mão neles, pois eu também já usei muitas. Assim ainda, peças que eles usaram foram e são repassadas para outras crianças, seja para conhecidos ou para alguma instituição.
Quando minha filha estava com 10 meses, viajamos para um local muito frio. Surgiu a demanda de comprar peças adequadas para o clima. Então me ocorreram dois pensamentos reflexivos: (1) o alto investimento em peças que seriam usadas por um período muito curto e (2) a dificuldade em encontrar roupas quentes o suficiente em minha cidade. Foi aí que visitei pela primeira vez um brechó infantil. Para minha surpresa, havia por lá diversos produtos e todos em excelente estado de conservação. Era possível montar um enxoval completo, composto inclusive de peças novas. Vi ali o potencial em me tornar não só cliente para compras, mas também vender peças para eles. Havia em casa peças no guarda-roupas que mal foram usadas. E este parecia um excelente destino para elas, já que havia tanto demanda de peças menores por outras família, como também a minha necessidade de adquirir novas peças de tamanhos cada vez maiores de tempos em tempos.
Os brechós eram uma ótima pedida, porque era possível trocar peças minhas por peças deles e alguns pagavam em dinheiro no ato de entrega da peça. Mas muitos pediam um tempo para a peça ficar consignada e isto tanto significava demora no pagamento, quanto a possibilidade da peça retornar para mim. As versões on-line de brechós também possuem a mesma desvantagem das lojas físicas: o valor que recebemos é menor que de venda da peça, pois há a cobrança (justa) de taxa de serviço.
Estes anos de vivências de compra e venda de usados me trouxeram muitas reflexões. É bacana perceber que podemos contribuir para um consumo consciente, fazer economia, ajudar no orçamento e ainda ensinar valores para meus filhos. Ainda doo a maior parte de seus pertences, pois acredito na importância de fazer as peças circularem sem eu esperar apenas retorno delas. Enfim, aos pouquinhos, vamos fazendo as crianças se tornarem cidadãos de bem, que vivenciam o dar e receber de maneiras diferentes, sem estarem só observando o consumismo exacerbado por parte de seus pais.
Confira a lista de brechós infantis em Belo Horizonte neste link