por Mariana Lacerda, terapeuta ocupacional
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Foto:Patrícia de Sá |
Vamos conhecer um pouco mais sobre os 7 sentidos e como eles se desenvolvem? Isso mesmo! Passamos a vida toda achando que tínhamos apenas 5 sentidos, mas, na verdade, nosso sistema sensorial contém outros dois importantíssimos sentidos além dos que todos nós já conhecemos.
Conhecer esses 7 sentidos faz toda a diferença para o desenvolvimento de toda criança, especialmente nos primeiros anos de vida, nos quais elas absorvem todas as informações do ambiente e transformam essas informações em aprendizados e habilidades. É muito importante que a criança, desde o início de
sua vida, receba estímulos de todos os 7 sentidos, assim ela estará mais apta para interagir com o mundo, recebendo e expressando com equilíbrios suas sensações e percepções.
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Foto: Patrícia de Sá |
O toque é um grande incentivo para a formação das sinapses nervosas no cérebro, e quanto mais essas conexões acontecem, mais o cérebro vai se desenvolvendo. Por isso, quanto mais as crianças receberem informações táteis, melhor! Desde o nascimento, o bebê já tem sensibilidade para perceber como é tocado, segurado, movimentado. Além disso, a criança pode receber essa informação através de massagens ou no contato com objetos de diferentes texturas, como metal, plástico, tecidos, pelúcia e madeira. À medida que o bebê se desenvolve no aspecto motor, ele passa a manipular e ter melhor acesso a esses diversos materiais.
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Foto: Patrícia de Sá |
O olfato, desde o nascimento, já funciona muito bem. No início, o bebê reconhece o cheiro da pele da mãe e do seu leite. Depois, vai identificando outros cheiros: o do pai, de outras pessoas e de outros ambientes. No início, o sistema respiratório ainda está aprendendo a reconhecer esses novos cheiro, por isso é importante ter cuidado com cheiros fortes e deixar que o organismo vá aprendendo e conhecendo novos cheiros aos poucos.
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Foto: Patrícia de Sá |
Quando nascem, os bebês veem as coisas ao seu redor um pouco embaçadas, mas rapidamente se desenvolvem nesse aspecto. Próximo de um mês de idade, já podem enxergar a uma distância de aproximadamente 30 cm. Nesse momento, já fixam o olhar e uma forma de estimular esse sentido, é brincar de apresentar objetos e imagens no papel com cores que se contrastam, como o preto e o
branco. Os espelhos também são uma ótima pedida. Depois, esse sentido vai se aprimorando até aproximadamente um ano e meio, quando ele já tem a acuidade visual próxima de um adulto.
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Foto: Duorama |
Nesse caso, desde o nascimento, a audição dos bebês já está mais desenvolvida. Já respondem aos estímulos externos, como parar quando ouve a voz da mãe e reagir ao som de um chocalho. À medida que esse sentido vai se desenvolvendo, o bebê procura a direção do barulho e reconhece o próprio nome. Conversar, brincar com brinquedos sonoros e cantar músicas são ótimas maneiras de
estimular a audição da criança.
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Foto: Patrícia de Sá |
Esse sentido se desenvolve por volta dos seis meses de idade, quando novos alimentos, como as papinhas doces e/ ou salgadas, além do leite materno, são introduzidos ao bebê.
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Foto: Patrícia de Sá |
É às vezes chamado de sentido de orientação ou equilíbrio e este sistema sensorial se desenvolve apenas algumas semanas após a concepção. Ele fornece informações sobre o movimento e a orientação da cabeça e do corpo em relação à Terra conforme as pessoas movimentam-se sozinhas ou em veículos como carros, aviões, barcos e outros. Essas informações nos ajudam a manter uma postura correta e a ajustá-la durante os nossos movimentos. O sistema vestibular ajuda também na visão. A cabeça move-se continuamente conforme inspecionamos o meio ambiente, os olhos movem-se automaticamente para compensar os movimentos da cabeça, um reflexo iniciado pelo sentido vestibular.
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Foto: Patrícia de Sá |
Este sistema se desenvolve no mesmo período do tato, pois ambos estão intimamente ligados. Fornece informações sobre as posições relativas dos nossos membros e outras partes do corpo durante os movimentos e sobre as tensões musculares. Esse sentido capacita-nos não só a monitorar continuamente o que as partes do corpo estão fazendo, mas também a equilibrar a tensão muscular pelo corpo inteiro para que possamos nos movimentar com eficiência.