![]() |
Foto: Patrícia de Sá |
Mas eu não ia convencê-la simplesmente assim, né. Ela até tentou pular no começo, mas como não passava dos primeiros pulos, logo desanimava. Foi então que comecei a levar a corda a tira colo em nossos passeios sempre que era possível. Costumava amarrar uma das pontas num galho, numa cadeira e bater. Ela ficou uns bons dias dando apenas um ou dois pulinhos, e logo tropeçava. “Tudo bem, é assim mesmo.” “Vamos lá, de novo”. “Quanto mais a gente treina, melhor a gente fica, filha”.
E assim, tentava estimulá-la dentro do possível. Começamos a brincar também em casa (obrigada, queridos vizinhos do andar de baixo, por nunca terem reclamado do barulho <3). Era uma atividade diária, eu batia pacientemente. Quando ela conseguiu dar três pulos na sequência, fizemos uma festa danada. E depois quatro, depois cinco… Todo avanço era comemorado.
![]() |
Foto: Junia Chaves |
Confesso que cheguei a bater a corda muitas vezes com o pequeno no colo (quase uma malhação materna) e, assim, a Sarinha foi se encantando cada vez mais com essa história.
Foi então que ela percebeu que seria muito legal se tentasse bater a corda sozinha também. No começo, não conseguia ficar parada no lugar. Começava a pular num ponto e terminava alguns metros adiante.
Hoje, pula em todo lugar – na rua, na pracinha, nos parques, em casa.
“Cadê minha corda, mãe?” Escuto com frequência de manhã.
Nos últimos Encontros Na pracinha, temos percebido cada vez mais famílias com suas cordas também, e a gente incentiva muito que as levem! É assim que deve ser: brincando junto. Pai batendo corda para o filho, filho feliz com a presença dos pais. E assim, de pulo em pulo, eles vão crescendo. E logo, logo, chegam às alturas!
E então, tem uma corda parada por aí?
O homem bateu em minha porta e eu abri
Senhoras e senhores, ponham a mão no chão (o jogador pula e rapidamente abaixa e toca o chão)
Senhora e senhores, pulem num pé só (o jogador pula com um só pé)
Senhoras e senhores, deem uma rodadinha (o jogador pula e roda)
E vá pro olho da rua! (o jogador sai debaixo da corda)